O agronegócio precisa se reinventar no mundo da tecnologia

Não há como negar o fato de que a tecnologia invadiu o campo e veio para ficar. Seja em grandes empresas ou nos pequenos produtores, o futuro exige cada vez mais conhecimentos para manter a competitividade e aumentar a produtividade. Acabou-se o tempo em que era preciso apenas dominar as técnicas de trabalho relativas ao negócio.

Para se manter em pé e conseguir um diferencial, é de suma importância que o investimento em tecnologia não seja visto como uma despesa a mais, mas que seja entendido como parte fundamental do processo de produção e um investimento que tem projeções futuras. Há uma infinidade de softwares e aplicativos que servem ao propósito de otimizar as atividades no campo, e elas devem estar a serviço da facilitação do trabalho e não ao contrário.

O que de melhor que a tecnologia oferece é a oportunidade de manter-se atualizado a respeito de novas práticas de produção. Para que esses sistemas funcionem de forma assertiva é necessário que os produtores estejam adaptados a essas mudanças.

Um dos maiores desafios da implementação dessas tecnologias é justamente o treinamento para utilizá-las de modo eficiente. Para que esse entrave seja solucionado, é preciso que os sindicatos rurais reformulem a sua participação junto aos produtores. Os sindicatos têm o desafio de serem parceiros e colaboradores do produtor, para eles as novas exigências são de facilitar a vida do produtor e ajudá-lo a alavancar seu negócio. A proposta é que os sindicatos possam oferecer aos seus associados e colaboradores formas de se modernizar, oferecendo treinamento tecnológico por meio de parcerias, explorando possibilidades que auxiliem na produção e dando aos trabalhadores ferramentas adequadas para o processo de gestão no campo.

Essa é apenas uma das possibilidades que existem para adequar o mercado do agronegócio definitivamente ao universo da tecnologia. Para além disso, as associações podem servir como base de dados e banco de informações aos gestores. De nada adianta o campo estar modernizado e implementar tecnologias, se ele não encontrar suportes em que se apoiar. A cadeia de produção do campo precisa entender que para funcionar ela precisa ser, além de competitiva, colaborativa.

O futuro do setor agropecuário prevê a utilização do que há de mais moderno em termos de tecnologia, desde computadores de bordo para os maquinários, GPS de localização, usos de drones para o campo, sistemas de controle automático, e até mesmo tratores autônomos que realizam o trabalho, entre tantos outros recursos.
Certamente, que nem tudo serve a todos, portanto é preciso que o setor conte com parcerias especializadas para tomar as melhores decisões no momento de realizar a compra desses equipamentos tecnológicos.

Para que esse futuro possa acontecer, é preciso também que a mentalidade do produtor se modifique, ou seja, é necessário apresentar uma postura aberta às mudanças e inovações tecnológicas. Havia uma certa resistência no campo em adotar essas ferramentas, no entanto, as novas gerações de gestores do agronegócio estão conectadas com as possibilidades do futuro.